Escolha profissional: por convicção ou frustração?

Pode não parecer, mas a escolha profissional é algo que influencia muito a nossa saúde mental, pois diz respeito a algo que poderá determinar o que faremos para o resto da vida, diariamente, e isto tem relação direta com o que chamamos de “realização pessoal” e sentimento de “satisfação“.

Mas, infelizmente, muitos ainda negligenciam a importância da escolha profissional, e isto por vários motivos. Talvez, o mais evidente diz respeito ao financeiro. Ou seja, fazemos escolhas não com foco em nossa realização, mas no quanto poderemos ganhar.

Essa visão é compreensível, pois vivemos em um país onde os índices de pobreza ainda são muito altos. Consequentemente, ter como grande objetivo a chance de obter muito dinheiro é algo diretamente associado à superação dessas dificuldades.

Acontece que, na prática, existem outras dificuldades além do financeiro, sendo os aspectos emocionais um terreno que exige a nossa atenção nesse quesito.

Isto significa que você pode ser um(a) excelente “doutor(a)”, tendo sucesso no que faz, mas nada suprirá a sua necessidade de autorealização se a sua profissão atual não estiver correspondendo às aspirações mais profundas: o que te faz feliz!

É por convicção?

Com base no dito acima, sempre que alguém me dizia qual era a sua profissão, eu tinha o costume de fazer uma simples pergunta: a sua escolha foi por convicção ou frustração?

Por incrível que pareça, vi muita gente confusa diante desse pequeno questionamento. É como se pudessem se deparar, pela primeira vez, com algo que as fizesse despertar para a real natureza das suas escolhas.

Enquanto a convicção aponta para algo intrínseco ao que somos, e que nos deixa feliz, a frustração sugere algo feito por obrigação. “Fiz porque não tive opções”, ouvi dizer em várias ocasiões. Ou ainda, “fiz porque meus pais me obrigaram”.

Independentemente da sua realidade, o que desejo ressaltar no texto de hoje é que a sua escolha profissional pode, sim, estar influenciando a sua saúde mental, pois em alguns casos é em decorrência de uma rotina de trabalho frustrante que muitos desenvolvem problemas emocionais.

Se você acha que pode estar enquadrado(a) nessa realidade, busque ajude profissional. É possível mudar, desde que esta mudança comece em seu próprio entendimento.

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